Falta de água no Parque do Bicuar força emigração de elefantes e provoca mortes

A falta água nos 12 bebedouros criados para animais no Parque Nacional do Bicuar, na Huíla, está a forçar a movimentos constantes de manadas de elefantes para as aldeias às margens do rio Cunene, onde têm feito estragos e provocado mortes Esses pontos de água, normalmente utilizados na época seca, são sustentados por furos artesianos que estão todos inoperantes por avaria no sistema de energia solar, revelou o administrador da reserva natural, José Maria Candungo. Na manhã de quarta-feira, 8, uma manada de 40 elefantes fez-se às zonas de Capelongo e Freixiel em busca de água, instalando pânico entre os aldeões. A solução para este problema passa, segundo a fonte, por se investir urgentemente na recuperação de pelo menos quatro furos de água existentes na zona, assim como a construção de outros, para evitar a movimentação dos elefantes. De acordo com José Maria Candungo, os quatro furos existentes no Parque estão avariados há um ano, situação que é do domínio do Ministério do Ambiente que prometeu recursos para recuperá-los. Referiu terem ainda um plano de abrir dois novos furos, por uma empresa já indicada, mas por falta de condições financeiras ainda não concretizaram a intenção, num parque com uma necessidade, ao todo, de 18 furos para acautelar que os elefantes não saiam da zona. “A saída do elefante do parque é mesmo para beber água, e como já não temos o líquido, em quantidades suficientes no parque, o animal precisa procurar fora e pelo caminho acontece a invasão às lavras e à população, está última tem enfurecido o animal”, detalhou, à Angop. Por outro lado, o gestor lamentou o comportamento da população, que insiste em correr ao encontro dos elefantes para tirar fotografias, razão pela qual efectivos da Polícia Nacional na Matala e os fiscais do parque estão atentos para a questão da sensibilização. José Maria Candungo alertou para a população estar preparada, pois nos próximos anos, a circulação dos elefantes na zona vai aumentar, porque os animais têm tranquilidade pela ausência de caça, e com isso as manadas vão crescendo, pois actualmente o parque conta com uma população animal estimada já em 600 elefantes. A última invasão dos elefantes do parque nas comunidades deu-se em Maio do ano em curso, causando a morte de pessoas e três outras ficaram feridas, na comuna de Tyinkonko, arredores do município de Quipungo. O Parque Nacional do Bicuar encontra-se 165 quilómetros da cidade do Lubango, capital da província da Huila, numa área de sete mil e 900 quilómetros quadrados, ocupando terras nos municípios de Quipungo, Matala, Chibia e Gambos. É tutelado pelo Ministério do Ambiente, foi estabelecido como reserva de caça em 1938 e elevado a Parque Nacional em Dezembro de 1964. Foi criado com a finalidade  de proteger e defender diversos animais selvagens. A reserva para além de possuir grandes manadas de elefantes tem, igualmente, palancas, olongos, mabecos, hienas, bambis, uma gama de aves e uma flora saudável.

A falta água nos 12 bebedouros criados para animais no Parque Nacional do Bicuar, na Huíla, está a forçar a movimentos constantes de manadas de elefantes para as aldeias às margens do rio Cunene, onde têm feito estragos e provocado mortes

Esses pontos de água, normalmente utilizados na época seca, são sustentados por furos artesianos que estão todos inoperantes por avaria no sistema de energia solar, revelou o administrador da reserva natural, José Maria Candungo.

Na manhã de quarta-feira, 8, uma manada de 40 elefantes fez-se às zonas de Capelongo e Freixiel em busca de água, instalando pânico entre os aldeões. A solução para este problema passa, segundo a fonte, por se investir urgentemente na recuperação de pelo menos quatro furos de água existentes na zona, assim como a construção de outros, para evitar a movimentação dos elefantes.

De acordo com José Maria Candungo, os quatro furos existentes no Parque estão avariados há um ano, situação que é do domínio do Ministério do Ambiente que prometeu recursos para recuperá-los.

Referiu terem ainda um plano de abrir dois novos furos, por uma empresa já indicada, mas por falta de condições financeiras ainda não concretizaram a intenção, num parque com uma necessidade, ao todo, de 18 furos para acautelar que os elefantes não saiam da zona.

“A saída do elefante do parque é mesmo para beber água, e como já não temos o líquido, em quantidades suficientes no parque, o animal precisa procurar fora e pelo caminho acontece a invasão às lavras e à população, está última tem enfurecido o animal”, detalhou, à Angop.

Por outro lado, o gestor lamentou o comportamento da população, que insiste em correr ao encontro dos elefantes para tirar fotografias, razão pela qual efectivos da Polícia Nacional na Matala e os fiscais do parque estão atentos para a questão da sensibilização.

José Maria Candungo alertou para a população estar preparada, pois nos próximos anos, a circulação dos elefantes na zona vai aumentar, porque os animais têm tranquilidade pela ausência de caça, e com isso as manadas vão crescendo, pois actualmente o parque conta com uma população animal estimada já em 600 elefantes.

A última invasão dos elefantes do parque nas comunidades deu-se em Maio do ano em curso, causando a morte de pessoas e três outras ficaram feridas, na comuna de Tyinkonko, arredores do município de Quipungo.

O Parque Nacional do Bicuar encontra-se 165 quilómetros da cidade do Lubango, capital da província da Huila, numa área de sete mil e 900 quilómetros quadrados, ocupando terras nos municípios de Quipungo, Matala, Chibia e Gambos.

É tutelado pelo Ministério do Ambiente, foi estabelecido como reserva de caça em 1938 e elevado a Parque Nacional em Dezembro de 1964. Foi criado com a finalidade  de proteger e defender diversos animais selvagens.

A reserva para além de possuir grandes manadas de elefantes tem, igualmente, palancas, olongos, mabecos, hienas, bambis, uma gama de aves e uma flora saudável.

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Gabriel dos Anjos

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