Elefante abatido e retirado o marfim por desconhecidos no Cunene

Um elefante adulto foi abatido e retirado o marfim, há dias, na localidade de Okalwa, município do Cuanhama, 210 quilómetros de Ondjiva (Cunene), por elementos ainda por identificar, revelou, inspector da Polícia Nacional, Samuel Casaco.

As forças de Defesa e Segurança tomaram conhecimento da ocorrência através de uma denúncia pública, feita por membros da referida comunidade que foram surpreendidos pela presença do imponente animal, estatelado numa das picadas que usam regularmente para se deslocarem aos campos agrícolas e não só.

O especialista do Departamento de Comunicação Institucional e Imprensa do Comando Provincial da Polícia Nacional (PN) no Cunene explicou que ao tomarem conhecimento, uma equipa de efectivos da corporação deslocou-se à localidade fronteiriça com a província do Cuando Cubango e encontraram o animal morto, mas sem os marfins.

Segundo Samuel Casaco, trata-se de um crime de abate clandestino de animais para comercialização, protagonizado por elementos não identificados. No entanto, garante que estão a ser efectuadas diligências para determinar os autores e responsabilizá-los criminalmente.

Por seu turno, a directora do Gabinete do Ambiente no Cunene, Eufrásia Wakussanga, não só confirmou as denúncias sobre o abate de elefantes como advogou a necessidade de se incrementar o plano de acção e consciencialização ambiental nas comunidades.

Sem precisar dados, disse ser frequente a prática de actos de conflitos entre o homem e animal, devido à ocupação de terras nos corredores naturais de animais selvagens, que de alguma forma tem influenciado na caça furtiva, onde o elefante é o mais vitimizado.

Apontou, de acordo com a Angop, que o município do Cuvelai, mais concretamente nas áreas de Caiundo, Cingangama e no corredor de Oshimolo, como é o caso da localidade de Okalwa, como regiões que mais ocorrem tais práticas.

Eufrásia Wakussanga lamentou o facto, sublinhando que o elefante é um animal que faz parte da lista da espécie ameaçada, daí ser importante a sua protecção não só em Angola, mas a nível da região da SADC.

Por outro lado, apelou à população a continuar a denunciar tais práticas, para a responsabilização civil e criminal dos infractores.

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Gabriel dos Anjos

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