A caça ilegal e o abate indiscriminado de árvores no Parque Nacional da Mupa ameaçam a extinção de várias espécies, revelou, a ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho, que reconhece que a situação requer urgente intervenção das autoridades, para a protecção da fauna e da flora. Localizado no município do Cuvelai, província do Cunene, o parque, que ocupa uma área de seis mil 600 quilómetros, foi estabelecido como Reserva de Caça em 1938 e transformado em Parque Nacional em 1964, para proteger a girafa angolana. Ana Paula de Carvalho garantiu, no domingo, 4, na cidade de Ondjiva, que o Executivo angolano vai começar, ainda este ano, a executar um plano de revitalização do mesmo, visando o seu aproveitamento e conservação. A governante disse que já decorreu o trabalho de diagnóstico do parque e que, nos próximos tempos, será colocado um grupo de fiscais para começar com as primeiras acções. “Traçamos um plano para revitalizar esta área de conservação no decurso deste ano, porque esteve muito tempo sem acção, e tinha como referência a girafa. Então, queremos voltar a dar vida a este parque”, garantiu. Sem avançar números, esclareceu que existem no parque alguns agricultores, mas com os fiscais presentes, que vão facilitar a dinamização daquilo que se pretende com a conservação do parque da Mupa. Ana Paula de Carvalho recordou que existem, no país 14 áreas de conservação, e que avanços já foram dados aos parques nacionais do Iona e da Kissama, enquanto se melhorou também as condições do Bicuar. De acordo com a Angop, disse ter visitado, há dias, o da Cangandala, tendo constado que “quase todos têm as mesmas dificuldades”. Parque Nacional da Mupa está numa região que é também caracterizada como o habitat normal de animais como o leão, o leopardo e a hiena. Foi constituído como Reserva Internacional, que serve de corredor endémico para circulação de animais da Namíbia, Angola, Zimbabwe e Botswana, por dispor de pasto e recursos hídricos para os animais.