O chefe de Estado-Maior da 16.ª Unidade da Polícia de Guarda Fronteira (UPGF), superintendente Afonso Kilenda, ao revelou, nesta segunda-feira, 2, que os implicados se encontram em fuga tão logo tomaram conhecimento da presença das forças policiais e, na sequência, abandonaram mil 500 ovos de tartarugas marinhas.
Disse que a corporação tem provas bastantes, numa altura em que decorrem diligências para determinar e deter os infractores, para serem responsabilizados civil e criminalmente.
Afonso Kilenda frisou, segundo a Angop, que alguns cidadãos insistem em cometer crimes ambientais colocando em risco a existência das tartarugas marinhas, daí que a Polícia promete ser implacável, por se tratar de uma espécie que pode ser extinta, devido à irresponsabilidade humana.
Por outro lado, na província do Cuanza-Sul existe o “Projecto Kitabanga” tem um pendor de inclusão social dos membros da comunidade que interage com 70 tartarugueiros, tendo as zonas mais expressivas a comunidade da Hogiua (Porto Amboim) e Wembele (Sumbe).
O período de desova na costa de Angola está estabelecido, entre Setembro e Março, apesar de que pode haver alguma incidência fora deste período, apesar da região norte do país iniciar mais cedo.
De acordo com o coordenador do projecto Kitabanga, Michel Morais, trata-se das componentes de investigação, informação, preservação, educação ambiental e inclusão da comunidade e monitorizam 17 pontos sistemáticos onde recolhem as informações da condição das tartarugas marinhas.
O projecto Kitabanga iniciou em 2010 na região das palmerinhas em Luanda e estende-se ao longo da costa de Angola, com uma evolução que permite obter informações sobre a bioecologia das tartarugas marinhas.
Os seus intervenientes estão ligados à comunidade e quem” abraça” a parte técnica é a Faculdade de Ciências, Faculdade do Namibe, onde contempla professores e estudantes.
Relativamente à população tartarugas em Angola, existem cinco espécies e três delas com alguma regularidade desovam na costa de Angola, onde importa referir que a espécie lipidochelys olivacea é dada como a maior população no atlântico e está em Angola.
No ano transacto foram monitorizados mais de 100 animais na costa de Angola.