O Instituto Nacional de Gestão Ambiental (INGA), o LEEP (Projecto de Eliminação da Exposição ao Chumbo) e a Associação de Defesa do Ambiente Eco Angola, estão a analisar a possibilidade de se criar um regulamento para a eliminação do chumbo nas tintas em Angola, dado o seu perigo para a saúde em crianças. O chumbo é adicionado às tintas de parede para fazê-las mais vívidas e resistente à umidade. Mas com o uso e a decadência da tinta, os químicos são liberados no ar, na poeira e no solo. A partir daí, são inalados, ingeridos e entram em contato com a pele. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente ressalta a necessidade de se parar de minimizar o perigo do chumbo na tinta e partir para uma ofensiva por legislações mais severas. Recentemente, o INGA realizou um encontro sobre chumbo nas tintas em Angola, que visou fundamentalmente discutir estratégias direccionadas para optimizar a produção de tintas sem chumbo, para a defesa das preocupações ou desafios ao nível sócio económico e ambiental. O encontro serviu também para recolher contribuições dos diversos órgãos do Estado, organizações não governamentais e representantes das indústrias para a elaboração de uma proposta de Regulamento sobre a eliminação do Chumbo. Medidas de prevenção à exposição de crianças ao chumbo, situação actual e identificação de chumbo nas tintas, proposta de regulamento, importância das leis e orientações sobre chumbo nas tintas, foram alguns dos eixos do encontro.
Cuatir recebe elefantes salvos da seca na Namíbia
Pela primeira vez, em 50 anos, a Reserva Natural do Cuatir, na província do Cuando Cubango, voltará a ser o lar dos elefantes com a realocação destes animais provenientes da Namíbia. Um esforço coordenado para lidar com o impacto de uma seca severa que afecta a Namíbia, o Mount Etjo Safari Lodge capturou e realocou sete, dos cerca de cinquenta elefantes que residem na reserva. Estes animais foram capturados no dia 5 de agosto e libertados, em segurança, na Reserva Natural do Cuatir, em Angola, no dia 7 de agosto. Segundo uma nota que chegou à redacção da Folha Verde, esta será a primeira vez, em 50 anos, que a reserva angolana voltará a ser o lar de elefantes. A decisão de realocar os elefantes foi motivada pela necessidade de gerenciar a população de vida selvagem no Mount Etjo Safari Lodge, que excedeu a capacidade de carga da área devido à seca contínua. A realocação foi essencial para evitar mais estresse sobre os elefantes e o ecossistema local. Nas próximas semanas, outros 10 a 20 animais serão realocados. “O Mount Etjo Safari Lodge continua comprometido com a preservação e proteção da vida selvagem. Este esforço de realocação ressalta nossa dedicação em manter o equilíbrio ecológico e garantir que as gerações futuras possam desfrutar da beleza e diversidade da vida selvagem da África”, lê-se, na nota.